O meu cão
27 junho
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© Cátia Costa |
Há 10 meses, adoptei-o num canil. Um cachorrinho de porte médio, que acabaria por se revelar um canzarrão de porte grande.
Chamaram-me - e ainda me chamam - inconsciente. Disseram-me que um apartamento não é lugar para um cão. Que é cruel. Disseram-me que um cão dá muita despesa. Criticaram a MINHA decisão.
Deduziram que sabiam mais da minha vida e da minha cabeça do que, pasmem-se, eu própria. Sabiam mais do que as pessoas que me rodeiam e que me apoiaram desde o início. Quando, numa fase mais complicada, ele me atacava diariamente, ao ponto de me deixar os braços negros e a chorar de frustração, no meio da rua, sugeriram que o devolvesse. Só posso imaginar as coisas que foram ditas nas minha costas.
Eu e o meu namorado fomos buscá-lo a um canil de abate. Não foi uma decisão inconsciente. Se trouxe alguns imprevistos? Claro que sim. E não tenho ilusões: eles vão continuar a surgir.
Deduziram que sabiam mais da minha vida e da minha cabeça do que, pasmem-se, eu própria. Sabiam mais do que as pessoas que me rodeiam e que me apoiaram desde o início. Quando, numa fase mais complicada, ele me atacava diariamente, ao ponto de me deixar os braços negros e a chorar de frustração, no meio da rua, sugeriram que o devolvesse. Só posso imaginar as coisas que foram ditas nas minha costas.
Eu e o meu namorado fomos buscá-lo a um canil de abate. Não foi uma decisão inconsciente. Se trouxe alguns imprevistos? Claro que sim. E não tenho ilusões: eles vão continuar a surgir.
Inconsciente seria devolver o cão que tomei como meu. Ignorar o termo de responsabilidade que assinei. Cruel, seria não lhe dar uma segunda (terceira, quarta...) oportunidade. Cruel, seria deixá-lo no canil ou confiná-lo a um espaço fechado durante todo o dia.
Asseguro-vos. A nossa decisão não foi inconsciente. Eu sabia que os meus dias iam ser melhores com a vinda do Balu. Que a minha vida estava prestes a ganhar outro sentido. Tal como aconteceu com a chegada do Peri, o nosso gato. Sabia, também, que não ia ser fácil.
Acima de tudo, sabia, que queria ajudar um cão a ter uma vida melhor. Fazer a diferença na vida de, pelo menos, UM, de entre tantos cães abandonados todos os dias.
No momento em que o tratador mo meteu no colo, depois de eu dizer que sim, ele vai connosco, o Balu passou a ser família. Foi o que senti nesse momento, que nunca vou esquecer.
A família não se devolve. Ponto final.
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© Cátia Costa |
E é assim, todos os dias. De repente, tudo melhora. De repente, surge um sorriso.
O Canil Municipal da Moita tem vários cães e gatos à espera de uma família. Podem saber mais no #ADOPTTODAY, na barra lateral.
Obrigada pela visita! Não se esqueçam de deixar o vosso comentário. Se gostaram, partilhem ♥
4 comments
Adorei ! E o cão é lindo :) Realmente não há nada de cruel e inconsciente em teres adotado um cão ! Eles são sem dúvida um dos melhores amigos que alguma vez podemos pedir. Compreendem-nos muitas vezes melhores que os seres humanos
ResponderEliminarNão é por ser meu, mas é mesmo lindo ^^ coincidência ou não, é o cão que sempre imaginei vir a ter :)
EliminarÉ um amigo para a vida. Obrigada pelo teu comentário :)
Tomaste uma decisão muito boa até. Deste-lhe uma oportunidade de ser um cão muito feliz. :)
ResponderEliminarBeijinhos,
Giveaway a decorrer:
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Também acho que sim :) obrigada
EliminarObrigada pelo teu comentário!